José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: OBESIDADE É PROBLEMA ECONÔMICO, NÃO MÉDICO

quinta-feira, 31 de maio de 2012

OBESIDADE É PROBLEMA ECONÔMICO, NÃO MÉDICO

Consultor do governo americano para saúde defende revolução na indústria para garantir um futuro saudável à população
 
O economista Paul Zane Pilzer, fundador do Zabe Benefits, Extend Health, Zane Publishing e The American Academy e consultor para saúde de duas gestões do governo dos Estados Unidos, encerrou os debates do Fórum da Saúde e Bem-Estar destacando uma nova necessidade para o mercado de bem-estar diante de um auditório repleto de líderes das maiores empresas de saúde do Brasil. 
 
“O problema da obesidade, é econômico, não é um problema médico”, defendeu o consultor no evento do LIDE – Grupo de Líderes Empresariais que aconteceu esse fim de semana em Campinas, SP. 
 
“Nos Estados Unidos, atualmente, a parcela da população de menor renda e nível de escolaridade mais baixo concentra os índices mais altos de obesidade. Quanto mais pobre, mais obesos. E o Brasil também está seguindo esse caminho”, observou. 
 
Segundo Zane, isso é reflexo da falta de oportunidades e acesso dessas pessoas a informação precisa sobre saúde. O brasileiro gasta 14% do seu dinheiro com saúde e bem-estar – índice que a cada ano se aproxima do patamar dos EUA (há dois anos, era 11%), mas a população acima do peso já passa dos 46% e segue crescendo. 
 
Comida saudável X indústria médica
 
O especialista observou que há um mercado crescente de produtos e serviços focados em saúde e bem-estar, mas a indústria médica tradicional ainda não acompanha essa tendência. “A indústria médica ainda se preocupa em soluções para tratar os sintomas, e não em soluções efetivas para os problemas de saúde. Mesmo porque os melhores produtos para tratar as doenças ainda não foram inventados”, disse Zane. 
 
Herança cultural não ajuda
 
Outro ponto de atenção para a manutenção e promoção da saúde e bem-estar é cultural, defendeu Paul Zane. Segundo ele, nesse ponto as culturas ianque e brasileira são novamente semelhantes. “Somos educados para respeitar as pessoas acima do peso, não fazer comentários. Ou seja, somos criados para aceitar. Isso é errado”, afirmou. “O grande negócio não deve ser curar as pessoas, mas evitar que fiquem doentes”, completou.
 
Fórum reuniu mais de 400 empresários brasileiros ligados à saúde e bem-estar e contou com participação de nomes como o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o médico e autor campeão de vendas Deepak Chopra, mediados pelo presidente do LIDE, João Doria Jr., e pelo presidente do LIDE Saúde, o médico Cláudio Lottenberg.
 
SOBRE O LIDE - Fundado em junho de 2003, o LIDE - Grupo de Líderes Empresariais possui oito anos de atuação. Atualmente tem 922 empresas filiadas (com os braços regionais e internacionais), que representam 47% do PIB privado brasileiro. O objetivo do Grupo é difundir e fortalecer os princípios éticos de governança corporativa no Brasil, promover e incentivar as relações empresariais e sensibilizar o apoio privado para programas comunitários. Para isso, são realizados inúmeros eventos ao longo do ano, promovendo a integração entre empresas, organizações, entidades privadas e representantes do poder público, por meio de debates, seminários e fóruns de negócios

Fonte: http://www.segs.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=76517:obesidade-e-problema-economico-nao-medico&catid=47:cat-saude&Itemid=328

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