
Os pacientes do Hospital das
Clínicas de Ribeirão Preto (HC) que aguardam na fila de cirurgia de
redução de estômago estão desistindo do tratamento pela falta de
perspectiva de data para a realização da operação. Com 80 pacientes
aptos a serem operados e mais 80 em preparação, o hospital tem uma fila
de espera no setor de dois anos e o grande número fez com que o
atendimento de casos novos no ambulatório da cirurgia fosse suspenso por
tempo indeterminado.
O coordenador do Centro de Cirurgia Bariátrica do HC, Reginaldo Ceneviva, diz que em tempos normais o hospital realizava duas cirurgias por semana de redução de estômago e uma plástica para o pós- -operatório.
"Com a greve [dos médicos-assistentes] e depois o problema de falta de anestesistas, nós fizemos apenas três cirurgias em nove meses, que foram casos de urgência, além de duas cirurgias semana passada em Américo Brasiliense", explica Ceneviva.
Segundo o coordenador, a situação deve se normalizar no próximo mês. Porém, os pacientes que estão esperando há mais de um ano para passar pelo procedimento começam a desistir das consultas e relaxar no tratamento.
No ambulatório da última quarta-feira, dos 35 pacientes marcados apenas 17 apareceram. "Atendi um paciente que já tinha perdido 25 quilos, estava bom para operar, mas com a espera eles vão perdendo a motivação e voltando a engordar", diz Ceneviva.
O objetivo é contar com a ajuda do hospital de Américo Brasiliense para conseguir voltar a fazer oito cirurgias por mês.
Na espera
O administrador Leandro Vieira, 36 anos, começou a fazer o pré-operatório no Hospital das Clínicas há mais de um ano e conta que tem perdido a motivação para continuar o tratamento, já que os médicos não dão uma estimativa de quando ele deve ser operado. "Emagreci 28 quilos. Eles exigem que você emagreça 10% do seu peso e perdi quase 20%. Isso dá um desânimo, porque tenho problema com hipertensão, má circulação além da dificuldade de mobilidade e até agora não dizem nada para a gente", explica Vieira.
Ele deu início ao tratamento contra obesidade no HC em 2005, mas só em 2011 foi considerado apto para passar pelo processo pré-operatório. "Eu tenho ido às reuniões com o grupo de psicólogos, mas essa falta de informação para gente é frustrante", afirma.
Ambulatório de nutrologia segue preparação
Mesmo com o atendimento dos casos novos no ambulatório de cirurgia suspensos por tempo indeterminado, o ambulatório de nutrologia continua atendendo casos novos.
Antes de ficar apto a uma cirurgia de redução do estômago, o paciente passa por todo um preparo para que ele adquira um novo estilo de vida, com atividade física e dieta correta. Essa mudança precisa ser constante, segundo alerta o coordenador do ambulatório de cirurgia bariátrica, Reginaldo Ceneviva.
"O tratamento contra a obesidade não termina quando a cirurgia é feita, ele precisa continuar para o resto da vida do paciente."
No processo pré-operatório, para o qual são encaminhados pacientes que têm análise psicológica positiva para passar pela cirurgia, eles reduzem o peso em 10%, além da melhora cardíaca e pulmonar.
Greve e falta de anestesistas atrapalharam
A grande fila de pacientes que esperam uma cirurgia bariátrica [redução de estômago] é um dos problemas que ainda afetam o Hospital das Clínicas por conta da greve dos médicos-assistentes que começou no ano passado e só teve fim oficial no início de 2012, após sete meses de paralisação.
Além disso, o hospital chegou a ter 19 anestesistas a menos, o que também atrapalhou a realização de várias cirurgias.
Por conta dos problemas, a fila de espera em todo o HC chegou a 3 mil procedimentos, segundo dados do hospital fornecidos em fevereiro.
No ano passado, o Ministério Público entrou com uma ação contra o hospital pedindo uma multa de mais de R$ 2,7 mil para cada cirurgia atrasada pela falta de anestesistas (Da reportagem).
FONTE: http://www.jornalacidade.com.br/editorias/cidades/2012/05/19/fila-desanima-quem-espera-por-cirurgia-de-reducao-de-estomago.html
O coordenador do Centro de Cirurgia Bariátrica do HC, Reginaldo Ceneviva, diz que em tempos normais o hospital realizava duas cirurgias por semana de redução de estômago e uma plástica para o pós- -operatório.
"Com a greve [dos médicos-assistentes] e depois o problema de falta de anestesistas, nós fizemos apenas três cirurgias em nove meses, que foram casos de urgência, além de duas cirurgias semana passada em Américo Brasiliense", explica Ceneviva.
Segundo o coordenador, a situação deve se normalizar no próximo mês. Porém, os pacientes que estão esperando há mais de um ano para passar pelo procedimento começam a desistir das consultas e relaxar no tratamento.
No ambulatório da última quarta-feira, dos 35 pacientes marcados apenas 17 apareceram. "Atendi um paciente que já tinha perdido 25 quilos, estava bom para operar, mas com a espera eles vão perdendo a motivação e voltando a engordar", diz Ceneviva.
O objetivo é contar com a ajuda do hospital de Américo Brasiliense para conseguir voltar a fazer oito cirurgias por mês.
Na espera
O administrador Leandro Vieira, 36 anos, começou a fazer o pré-operatório no Hospital das Clínicas há mais de um ano e conta que tem perdido a motivação para continuar o tratamento, já que os médicos não dão uma estimativa de quando ele deve ser operado. "Emagreci 28 quilos. Eles exigem que você emagreça 10% do seu peso e perdi quase 20%. Isso dá um desânimo, porque tenho problema com hipertensão, má circulação além da dificuldade de mobilidade e até agora não dizem nada para a gente", explica Vieira.
Ele deu início ao tratamento contra obesidade no HC em 2005, mas só em 2011 foi considerado apto para passar pelo processo pré-operatório. "Eu tenho ido às reuniões com o grupo de psicólogos, mas essa falta de informação para gente é frustrante", afirma.
Ambulatório de nutrologia segue preparação
Mesmo com o atendimento dos casos novos no ambulatório de cirurgia suspensos por tempo indeterminado, o ambulatório de nutrologia continua atendendo casos novos.
Antes de ficar apto a uma cirurgia de redução do estômago, o paciente passa por todo um preparo para que ele adquira um novo estilo de vida, com atividade física e dieta correta. Essa mudança precisa ser constante, segundo alerta o coordenador do ambulatório de cirurgia bariátrica, Reginaldo Ceneviva.
"O tratamento contra a obesidade não termina quando a cirurgia é feita, ele precisa continuar para o resto da vida do paciente."
No processo pré-operatório, para o qual são encaminhados pacientes que têm análise psicológica positiva para passar pela cirurgia, eles reduzem o peso em 10%, além da melhora cardíaca e pulmonar.
Greve e falta de anestesistas atrapalharam
A grande fila de pacientes que esperam uma cirurgia bariátrica [redução de estômago] é um dos problemas que ainda afetam o Hospital das Clínicas por conta da greve dos médicos-assistentes que começou no ano passado e só teve fim oficial no início de 2012, após sete meses de paralisação.
Além disso, o hospital chegou a ter 19 anestesistas a menos, o que também atrapalhou a realização de várias cirurgias.
Por conta dos problemas, a fila de espera em todo o HC chegou a 3 mil procedimentos, segundo dados do hospital fornecidos em fevereiro.
No ano passado, o Ministério Público entrou com uma ação contra o hospital pedindo uma multa de mais de R$ 2,7 mil para cada cirurgia atrasada pela falta de anestesistas (Da reportagem).
FONTE: http://www.jornalacidade.com.br/editorias/cidades/2012/05/19/fila-desanima-quem-espera-por-cirurgia-de-reducao-de-estomago.html
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