José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Segundo evento da série Encontros O GLOBO discute a obesidade Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/saude/segundo-evento-da-serie-encontros-globo-discute-obesidade-4941803#ixzz1vvZjiUCv © 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Segundo evento da série Encontros O GLOBO discute a obesidade Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/saude/segundo-evento-da-serie-encontros-globo-discute-obesidade-4941803#ixzz1vvZjiUCv © 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

Especialistas discutem causas e estratégias para dirimir o problema


Segunda edição do evento teve auditório lotado na Casa do Saber
Foto: Fabio Rossi
Segunda edição do evento teve auditório lotado na Casa do Saber Fabio Rossi
Por que engordamos? O que faz um prato de fritura ser tão mais atraente que um de alface? Como emagrecer e manter o peso? Estas e outras questões foram debatidas no segundo evento da série Encontros O GLOBO Saúde e Bem-estar, que discutiu a epidemia de obesidade, seu impacto nas contas públicas e suas complicações para a saúde, como diabetes, hipertensão e câncer. Em tarde de auditório lotado na Casa do Saber, o cardiologista Cláudio Domênico, membro da Sociedade Europeia de Cardiologia e curador do evento, o endocrinologista Amélio Godoy, a nutricionista Virgínia Nascimento, e a psicóloga Mônica Duchesne conversaram sobre o tema e responderam às perguntas do público, com mediação da jornalista Ana Lucia Azevedo, editora de Ciência e Saúde do jornal O GLOBO.
Dados da última pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgados em abril, mostraram que 48,5% dos brasileiros têm excesso de peso e 15,8% são obesos. No total, 64% lutam com a balança. Números da Associação Internacional para o Estudo da Obesidade (Iaso, na sigla em inglês) mostram que 475 milhões de adultos são obesos e 1,5 bilhão estão acima do peso, sendo mais de 200 milhões crianças e adolescentes, uma das maiores preocupações de médicos e autoridades.
— Esta geração é a primeira com previsão de viver menos que seus pais — destaca o endocrinologista Amélio Godoy, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) e da Associação Brasileira de Estudos sobre Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso).
Segundo ele, as principais causas da epidemia são o sedentarismo, a disponibilidade cada vez maior de alimentos, o estresse da vida moderna e a privação do sono, que influencia os hormônios leptina e grelina, ligados à obesidade. Todas as variáveis dessa equação, no entanto, estão subordinadas à genética, que determina se uma pessoa será ou não obesa.
— O maior vetor da obesidade é a alimentação, mas pessoas sob o mesmo excesso de calorias engordam de forma diferente e o que determina isso é a genética — afirma.
Se é genético, como lutar contra isso? Segundo a nutricionista Virgínia Nascimento, vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrição, sem fórmulas mágicas e sem excessos. A sustentabilidade da dieta tem a ver, por exemplo, com a introdução de alimentos mais difíceis, como vegetais, no cardápio diário, para que as combinações mais calóricas sejam uma exceção.
— Na minha época, macarronada e frango assado eram pratos de domingo. Hoje a repetição frequente do que engorda nos leva ao erro — acredita.
Mais do que estar de dieta é preciso planejar a dieta, segundo a psicóloga Mônica Duchesne, coordenadora da área de psicologia do Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia. Ela defende que devemos evitar ou saber o que fazer em possíveis situações de descontrole, como festas:
— É fundamental planejar as situações de risco do dia seguinte e proteger o ambiente de casa. É muito fácil o marido fazer uma pizza e pensar que a mulher de dieta é que tem que se controlar. Mas já imaginou quanto de autocontrole ela terá que ter numa situação dessa? — diz ela, que alerta para os perfis compulsivo e permissivo:
— O compulsivo é perfeccionista, tem um mecanismo de ‘tudo ou nada’ e quando come uma coisa a mais já sai da dieta por dias e o permissivo é aquele que diz ‘só por hoje’ ou ‘eu mereço’ e nenhum dos dois é legal — explica.
Com os hábitos refeitos e as estratégias de defesa em dia, o obeso ainda se depara com os mecanismos de defesa do próprio organismo, sinais de alerta que disparam quando se perde peso.
— Nosso corpo não sabe se perdemos peso porque queremos ou porque estamos em privação no deserto. Quanto mais massa magra tivermos, maior nosso gasto metabólico de repouso, responsável por 70% do nosso peso; de 25% a 30% são de atividade física e apenas 5% de alimentação — explica Godoy, um defensor dos medicamentos para tratamento da obesidade:
— Não é só tomar o remédio, mas o obeso precisa da ajuda das drogas senão fica muito difícil.
O cardiologista Cláudio Domênico ressaltou que em alguns países a preocupação com a obesidade levou a medidas de restrição à indústria. No Reino Unido, segundo a “British Medical Journal”, especialistas recomendam a taxação de 20% do fast food para subsídio de alimentos saudáveis. Nos Estados Unidos, a Pepsi, por iniciativa própria, decidiu reduzir açúcar e gordura na alimentação dos funcionários.
Domênico aponta ainda a força de vontade e o papel da família como decisivos na luta contra a doença.
— A força está dentro de nós. Obesidade envolve mudança de comportamento e de cabeça — diz.

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FONTE: http://oglobo.globo.com/saude/segundo-evento-da-serie-encontros-globo-discute-obesidade-4941803

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