Uma criança que consegue escapar da obesidade e do sobrepeso tende a se
tornar um adulto atento à relação entre gordura corporal e doenças
crônicas e, portanto, mais saudável. Esse é o mote do Programa de
Prevenção às Doenças e Agravos Não Transmissíveis na Infância e
Adolescência (DANT), desenvolvido pela profa. Dra. Florinda Carvalho, da
Universidade do Estado do Pará (Uepa) – que comemora seus 19 anos de
criação nesse mês de maio -, com o apoio de uma equipe multiprofissional
e ainda de estudantes de graduação da instituição.
O atendimento, que envolve consultas clínicas mensais e bimensais no Centro Saúde Escola (CSE) do Marco, anexo ao campus II, e prática de exercícios físicos no campus III, onde funciona o curso de Educação Física, já conta com 52 crianças cadastradas e deve render desdobramentos que envolvam campanhas de prevenção à obesidade realizadas em diferentes ambientes.
Em execução desde o início do ano passado, o trabalho começou como um projeto de Extensão da Universidade e, posteriormente, após aprovação em um edital de fomento do Ministério das Cidades, tornou-se um programa com verba garantida até 2013. O DANT realizou primeiramente atendimentos de livre demanda e depois se estendeu às escolas do entorno dos campi da universidade, e só na Jarbas Passarinho, localizada a poucos metros do campus II da universidade, no bairro do Marco, o DANT mapeou a situação de mais de 400 alunos, que foram pesados, medidos, tiveram a pressão arterial auferida e ainda passaram por cultura de sangue para exames de quantificação de colesterol, glicose e gordura. Quem apresentou uns quilinhos a mais na balança foi encaminhado para o CSE, onde uma equipe composta por pediatras, pedagogos, nutricionistas, psicólogos e educadores físicos realizou a inclusão do paciente no DANT, que, além das consultas periódicas, realizadas mês a mês ou a cada dois meses, ganha um programa físico preparado de acordo com suas necessidades e executado duas vezes por semana no campus de Educação Física.
“Além de se tratar de um atendimento individualizado, é um programa que visa a qualidade de vida dessas crianças no futuro, ao mesmo tempo em que proporciona experiências de capacitação para os estudantes bolsistas da Uepa envolvidos nesse trabalho. Nossa pretensão é voltar às escolas onde já fizemos mapeamento e alcançar outras, fazendo também palestras, distribuindo cartazes e orientando os professores, diretores e merendeiras sobre a importância de ficar alerta em relação à manutenção de uma boa forma física em prol da saúde dessas crianças”, explica Florinda. “Lidar com sobrepeso é algo árduo na vida adulta e, durante a infância, nós temos a nosso favor o fator crescimento e desenvolvimento, que dilui o peso. Esse é um trabalho cujos resultados chegam a longo prazo, e o que nós queremos é que esses pequeninos se tornem adultos que consigam manter o peso estável”, detalha.
Leuda Oliveira, de 20 anos, é aluna do 5º semestre do curso de Educação Física e bolsista do programa. Para ela, fazer parte desses atendimentos é uma forma de reforçar que sua área foge à simples prática de esportes e está intimamente ligada à saúde e ao bem-estar da população. “A gente acompanha os pacientes em dois momentos: nas consultas realizadas no Maternar, dentro do CSE, e depois no campus de Educação Física, já os orientando na prática dos exercícios. Pelo DANT, temos conseguido mostrar o quanto a Educação Física é eficaz quando o assunto é promoção de saúde, e ainda o quanto a obesidade é um assunto para render preocupações desde a infância. Criança que tem uma boa forma é saudável e pode ser um adulto e um idoso saudável. Dá uma enorme satisfação fazer parte de algo que pode contribuir para a diminuição das patologias ligadas ao excesso de peso”, afirma a universitária.
Mateus de Abreu, 13 anos, participa do programa há sete meses, quando durante uma consulta de rotina realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) acabou por ser encaminhado ao DANT. “Disseram que meu filho estava com excesso de peso e que eu deveria procurar essa equipe. Mateus se consultou com pediatra, nutricionista e mais outros médicos, e uma psicóloga falou comigo, explicou a importância de ele seguir a dieta e os exercícios que iam passar. Tentei seguir o máximo que pude e já na primeira semana ele perdeu 3kg. De bem gordinho que ele era, começou a ‘afinar’”, conta a doméstica Vaneide Abreu, de 34 anos, mãe do garoto. “Um acidente de moto fez com ele precisasse se afastar uns tempos e ele acabou engordando de novo, mas há dois meses ele voltou aos exercícios e já está perdendo novamente, só que um pouco mais devagar. O programa dá mesmo certo, com exercício e dieta eu sei que o Mateus vai ficar cada vez melhor”, anseia a mãe. (Ascom UEPA)
O atendimento, que envolve consultas clínicas mensais e bimensais no Centro Saúde Escola (CSE) do Marco, anexo ao campus II, e prática de exercícios físicos no campus III, onde funciona o curso de Educação Física, já conta com 52 crianças cadastradas e deve render desdobramentos que envolvam campanhas de prevenção à obesidade realizadas em diferentes ambientes.
Em execução desde o início do ano passado, o trabalho começou como um projeto de Extensão da Universidade e, posteriormente, após aprovação em um edital de fomento do Ministério das Cidades, tornou-se um programa com verba garantida até 2013. O DANT realizou primeiramente atendimentos de livre demanda e depois se estendeu às escolas do entorno dos campi da universidade, e só na Jarbas Passarinho, localizada a poucos metros do campus II da universidade, no bairro do Marco, o DANT mapeou a situação de mais de 400 alunos, que foram pesados, medidos, tiveram a pressão arterial auferida e ainda passaram por cultura de sangue para exames de quantificação de colesterol, glicose e gordura. Quem apresentou uns quilinhos a mais na balança foi encaminhado para o CSE, onde uma equipe composta por pediatras, pedagogos, nutricionistas, psicólogos e educadores físicos realizou a inclusão do paciente no DANT, que, além das consultas periódicas, realizadas mês a mês ou a cada dois meses, ganha um programa físico preparado de acordo com suas necessidades e executado duas vezes por semana no campus de Educação Física.
“Além de se tratar de um atendimento individualizado, é um programa que visa a qualidade de vida dessas crianças no futuro, ao mesmo tempo em que proporciona experiências de capacitação para os estudantes bolsistas da Uepa envolvidos nesse trabalho. Nossa pretensão é voltar às escolas onde já fizemos mapeamento e alcançar outras, fazendo também palestras, distribuindo cartazes e orientando os professores, diretores e merendeiras sobre a importância de ficar alerta em relação à manutenção de uma boa forma física em prol da saúde dessas crianças”, explica Florinda. “Lidar com sobrepeso é algo árduo na vida adulta e, durante a infância, nós temos a nosso favor o fator crescimento e desenvolvimento, que dilui o peso. Esse é um trabalho cujos resultados chegam a longo prazo, e o que nós queremos é que esses pequeninos se tornem adultos que consigam manter o peso estável”, detalha.
Leuda Oliveira, de 20 anos, é aluna do 5º semestre do curso de Educação Física e bolsista do programa. Para ela, fazer parte desses atendimentos é uma forma de reforçar que sua área foge à simples prática de esportes e está intimamente ligada à saúde e ao bem-estar da população. “A gente acompanha os pacientes em dois momentos: nas consultas realizadas no Maternar, dentro do CSE, e depois no campus de Educação Física, já os orientando na prática dos exercícios. Pelo DANT, temos conseguido mostrar o quanto a Educação Física é eficaz quando o assunto é promoção de saúde, e ainda o quanto a obesidade é um assunto para render preocupações desde a infância. Criança que tem uma boa forma é saudável e pode ser um adulto e um idoso saudável. Dá uma enorme satisfação fazer parte de algo que pode contribuir para a diminuição das patologias ligadas ao excesso de peso”, afirma a universitária.
Mateus de Abreu, 13 anos, participa do programa há sete meses, quando durante uma consulta de rotina realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) acabou por ser encaminhado ao DANT. “Disseram que meu filho estava com excesso de peso e que eu deveria procurar essa equipe. Mateus se consultou com pediatra, nutricionista e mais outros médicos, e uma psicóloga falou comigo, explicou a importância de ele seguir a dieta e os exercícios que iam passar. Tentei seguir o máximo que pude e já na primeira semana ele perdeu 3kg. De bem gordinho que ele era, começou a ‘afinar’”, conta a doméstica Vaneide Abreu, de 34 anos, mãe do garoto. “Um acidente de moto fez com ele precisasse se afastar uns tempos e ele acabou engordando de novo, mas há dois meses ele voltou aos exercícios e já está perdendo novamente, só que um pouco mais devagar. O programa dá mesmo certo, com exercício e dieta eu sei que o Mateus vai ficar cada vez melhor”, anseia a mãe. (Ascom UEPA)
FONTE: http://www.diariodopara.com.br/N-156107-+UEPA+AJUDA+CRIANCAS+COM+SOBREPESO.html
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