José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Risco de obesidade pode ser dobrado em crianças nascidas por cesariana, diz estudo

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Risco de obesidade pode ser dobrado em crianças nascidas por cesariana, diz estudo

Primeiros sinais do problema podem ser percebidos a partir dos três anos

Por Minha Vida - publicado em 24/05/2012

Crianças nascidas por cesárea têm duas vezes mais chances de ter obesidade do que as que vieram ao mundo por parto normal, segundo uma pesquisa feita pelo Boston Children's Hospital, em Massachusetts (EUA). O artigo foi publicado no publicado online no Archives of Disease in Childhood
O estudo acompanhou 1.255 mulheres com seus bebês entre os anos de 1999 e 2002. Os bebês foram medidos e pesados ao nascer e quando atingiram três anos. Cerca de um quarto havia nascido por cesárea e o restante por parto normal. Analisando a relação entre massa corporal, espessura da pele e a forma como a criança nasceu, os autores da pesquisa descobriram que, quando as crianças atingem os três anos, o nível de obesidade é duas vezes maior entre aquelas que nasceram por cesariana. 
Segundo a equipe, como não ocorre o contato do bebê com a flora vaginal materna no parto cesariana, a flora intestinal do recém-nascido pode ficar comprometida, provocando alterações no modo com o alimento é digerido. Os especialistas afirmam que há várias diferenças na composição da flora bacteriana dos bebês de parto normal e dos bebês de cesárea. Eles também descobriram que as mulheres que fizeram cesárea tendiam a pesar mais que as que tiveram parto normal - uma característica que poderia influenciar a tendência à obesidade em seus bebês. 
Os pesquisadores afirmam que são necessários estudos mais profundos para chegar a qualquer conclusão mais precisa. Eles dizem, ainda, que seria necessário replicar os resultados em um grupo maior de mulheres para efetivar a relação de causa e efeito. 

Proteja o seu filho da obesidade infantil durante a gestação

Já na gestação, a mulher pode promover uma programação pré-natal da criança. A endocrinologista Alessandra Rascovski, especialista no Minha Vida, explica que alguns fatores durante a gestação podem acarretar anormalidades estruturais e funcionais que influenciarão o peso e o metabolismo do feto: 

Desnutrição

Pesquisas comprovam que a chance de o bebê desenvolver obesidade na vida adulta é 94% maior em caso de grávidas com desnutrição do que em mulheres que não sofreram com o problema na gravidez.  

Alimentação da mãe

"Engordar muito durante a gestação pode ser pior para o bebê do que já ser uma mulher obesa que inicia uma gestação", explica a endocrinologista Alessandra. Segundo a especialista, isso acontece porque a mulher que ganha muito peso durante a gestação passa algum tipo de mensagem neurológica para o feto, sinalizando que ele deve armazenar mais gordura. 

Diabetes

Mulheres com diabetes também são um fator de risco para obesidade infantil e para o desenvolvimento de diabetes na idade adulta. A hipoglicemia da mãe pode estimular muito o pâncreas da criança a secretar maiores quantidades de insulina, o que promove maior formação de células adiposas. 

Tabagismo

Apesar de ser bastante divulgado que o tabagismo na gestação pode aumentar a chance do parto prematuro e o nascimento de bebês com baixo peso, vários estudos mostraram que crianças cujas mães fumavam na gestação tinham um aumento de aproximadamente 50% do risco para obesidade, quando comparadas com crianças de mães não tabagistas. "Portanto, a melhor maneira de cuidar do seu bebê é cuidando de sua própria saúde", diz Alessandra Rascovski. 

FONTE: http://www.minhavida.com.br/familia/materias/15189-risco-de-obesidade-pode-ser-dobrado-em-criancas-nascidas-por-cesariana-diz-estudo

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