José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: O problema da obesidade

segunda-feira, 18 de junho de 2012

O problema da obesidade


Aumenta perigosamente, no Brasil, o número de pessoas muito acima do peso, como se pode observar em qualquer local de maior aglomeração. Nas ruas, nos estádios, nos shoppings, por toda parte é fácil constatar que poucos conseguem se manter no peso ideal, ou perto do ideal. A grande maioria está acima e, pior, cresce o contingente daqueles que já são considerados obesos. Dados iniciais de uma pesquisa do Instituto Dante Pazzanese com base no alistamento militar de 1978 a 2008, em São Paulo. Conclusão: em três décadas triplicou o número de jovens paulistas, na faixa dos 18 anos, classificados como obesos.

Essa revelação confirma o que se vê até mesmo em clubes esportivos, onde deixou de ser raridade o tipo exageradamente pesado. Chega a ser um caso de saúde pública, que já preocupa as autoridades do setor. São vários os motivos de preocupação, como as doenças cardíacas, pulmonares, ortopédicas, psicológicas. 

Asseguram os médicos que a cura de qualquer doença é mais demorada e difícil, quando lidam com pacientes excessivamente gordos. O período de internação hospitalar é sempre mais longo para quem está acima do peso. Parece inevitável que União, estados e municípios vão gastar cada vez mais com doenças relacionadas com a obesidade.

O Brasil não está sozinho nesse capítulo. Faz já alguns anos que os Estados Unidos encaram a obesidade como um grave problema nacional. Situação semelhante acontece no Japão e em vários países europeus. Existe uma tendência mundial, nesse sentido. Aqui, uma das primeiras informações oficiais, com base em pesquisa séria, foi  trazida pela divisão de nutrição clínica do Instituto Dante Pazzanese: no alistamento de 1978, apenas 0,9% dos alistados eram classificados como obesos; em 2008, eles já representavam quase 3% (precisamente, 2,8%) dos jovens que se apresentaram para o serviço militar.

Esse crescimento vertiginoso em três décadas permite observar que temos aqui mais um caso de desatenção do governo em relação às consequências do crescimento. 

Aumenta a frota de veículos, mas faltam os investimentos em infraestrutura rodoviária – e o resultado é o trânsito congestionado nas cidades, assim como crescem os casos de longos congestionamentos nas estradas nas férias e feriadões. 

Aumentam os clientes de passagens aéreas, mas faltam os investimentos em no sistema aeroportuário – e o resultado é o caos que se observa em praticamente todos os aeroportos nacionais.

Com a estabilização da moeda, a partir de 1994, e a criação da Bolsa Família, a partir de 2003, subiu o poder aquisitivo da população, mas faltou orientação, faltou informação. O resultado é que as pessoas passaram a comer em exagero, vindo daí a obesidade que tende a se tornar um sério problema de saúde pública.
 
FONTE: http://www.redebomdia.com.br/blog/detalhe/8503/O+problema+da+obesidade

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