José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: OBESIDADE

segunda-feira, 9 de abril de 2012

OBESIDADE

OBESIDADE
 
 É fator de risco para fibromialgia.
Obesidade é fator de risco para a fibromialgia. Pesquisadores noruegueses concluíram um trabalho estabelecendo uma relação entre a pratica do exercícios físicos e o risco futuro de desenvolver fibromialgia.
De acordo com dos dados colhidos, recentemente, no último ano censo o Brasil, seguido de outros países ditos emergentes, vem liderando o ritmo de crescimento dos índices de sobrepeso e obesidade em todo o mundo. Por aqui, cerca de 50% dos adultos e 30% das crianças e adolescentes encontram-se acima do peso normal.
Nos Estados Unidos, as estatísticas apontam que o numero de obesos tende a dobrar nos próximos vinte e cinco anos. A obesidade também assombra na Europa. De acordo com o estudo Hearth at a Glance – Europe 2010, 50% dos adultos e uma em cada sete crianças na Europa são obesas ou têm excesso de peso.
Obesidade e doenças reumáticas
A fibromialgia é uma síndrome reumática dolorosa crônica caracterizada por dor generalizada, com duração superior a três meses, em pontos definidos, tais como pescoço, ombros, costas, quadris, braços e pernas. “Os sintomas geralmente associados à doença incluem também fadiga inexplicável, distúrbios do sono, cefaleia, dificuldade cognitiva, distúrbios de humor”.
Embora a etiologia da fibromialgia ainda não seja completamente compreendida, muitos estudiosos tem sugerido que deficiências no sistema neurológico contribuam para o desenvolvimento da doença, alterando a percepção e a inibição da dor. “Com frequência , o aparecimento da fibromialgia tem sido associada a eventos estressantes ou traumáticos, como acidentes automobilísticos e lesões por esforço repetitivo”. Muitos estudiosos defendem também que genes específicos poderiam estar envolvidos no surgimento da doença, fazendo com que o paciente reaja com veemência a estímulos que outras pessoas não considerariam dolorosos.
Recentemente , pesquisadores da Universidade Norueguesa de Ciencia e Tecnologiaconcluiram um trabalho, estabelecendo uma relação entre a pratica de exercício físico e o risco futuro de desenvolver a fibromialgia.
Durante onze anos, tempo de duração da pesquisa – que abrange estudos populacionais – 15.990 mulheres foram acompanhadas pelos pesquisadores. As que relataram se exercitar quatro vezes por semana apresentavam um risco 29% menor de desenvolver fibromialgia em comparação às mulheres inativas. Resultados semelhantes foram encontrados na analise da combinação de informação sobre a frequência, a duração e a intensidade dos exercícios, as mulheres que praticavam mais exercícios apresentaram um risco menor de desenvolver a doença em relação às inativas. “O estudo revelou ainda que um IMC alto é um fator de risco forte para o desenvolvimento futuro da doença”.
Embora a relação causal entre obesidade e fibromialgia permaneça desconhecida, existem fatores etiológicos comuns as duas doenças. As pesquisas sugerem que as citocinas pro-inflamatórias desempenham um papel relevante na relação entre fibromialgia e obesidade. Outros estudos apontam que a desregulação do eixo HPA e (hipotálamo-pituitária-adrenal) tem sido observado em ambos os caos. O aumento do tonus simpático e a reatividade simpática reduzida, conforme registrado pela variabilidade da frequência cardíaca, tem sido observado em pacientes com fibromialgia, bem como em indivíduos com sobrepeso e obesidade.
“Diante destas informações , o exercício físico regular, alem de melhorar o condicionamento físico do paciente e possibilitar um emagrecimento saudável, pode servir também como ‘um amortecedor’ contra a perpetuação dos sintomas músculo-esqueléticos que, eventualmente, conduzem ao desenvolvimento de fibromialgia”.

Dr. Sergio Bontempi
Reumatologista
FONTE: http://www.casancaixa.com.br/espaco-saude/7-obesidade

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