Os jovens adultos com pré-diabetes
apresentam o dobro do risco de morrer enquanto são novos. O mesmo
acontece com aqueles que apresentam uma tensão arterial elevada. No
entanto, a obesidade foi um dos fatores que se correlacionou de forma
mais forte com a morte prematura.
O New England Journal Of Medicine
publicou um estudo que revelou dados sobre tribos Índias com taxas
elevadas de diabetes Tipo 2 e obesidade quando essa situação ainda não
era a norma no país. Este foi um dos maiores estudos publicados a
acompanhar crianças durante décadas e envolvendo informações
relacionadas com o peso e fatores de saúde, como níveis de colesterol
elevado.
As sugestões levantadas neste estudo explicam que as crianças obesas
podem estar expostas a riscos de saúde muito sérios e que as acompanham
ao longo da vida. A obesidade infantil acciona vários problemas de
saúde que afetam a esperança de vida do individuo.
Quase uma em cada três crianças americanas apresenta excesso de peso. Esta é a razão pela qual Michelle Obama, a Primeira-dama, deu início a uma campanha contra a obesidade infantil.
O estudo realizado com crianças Índias
reuniu dados oriundos de mais de 5000 crianças sem diabetes, nascidas
entre 1945 e 1984. Ao aproximarem-se dos 11 anos de idade os seus
índices de massa corporal, níveis de glucose, pressão arterial e
colesterol foram medidos. Em 2003 mais de 500 destas crianças haviam
morrido. Mais de 160 haviam morrido em consequência de doenças como a
diabetes, o cancro, overdoses ou doenças cardiovasculares. Os adultos
com índices de massa corporal elevada enquanto crianças apresentavam
duas vezes mais hipóteses de morrer prematuramente. Aqueles com níveis
de glucose acima de 70% encontravam-se em maior risco de morrer
prematuramente.
Edward W. Gregg, membro do ramo da
diabetes no Centers For Diabetes Control And Prevention afirma que
“estes dados apontam responsabilidades à pré-diabetes que nunca antes
haviam sido identificadas “. Os estudos médicos indicam que a
pré-diabetes entre adultos encerra desfechos adversos para a saúde. Esta
relação ainda não foi clarificada para as crianças. Já existem alguns
estudos a longo prazo que abordam condições como a pré-diabetes em
crianças, acompanhando-as no percurso até à idade adulta.
Este estudo concluiu que a tensão
arterial elevada nas crianças era um fraco previsor para a morte
prematura e que os níveis elevados de colesterol não se encontravam
relacionados com uma morte prematura. No entanto, há quem sugira que
estes fatores são facilmente controláveis pela medicina.
Embora a população Índia não seja
representativa do resto da população americana, este estudo ensina-nos
algo. Por norma, este grupo étnico tem estado algumas décadas avançado
em relação ao resto do país no que toca à obesidade.
Basicamente, a mensagem que pode ser
retirada deste tipo de estudos é que todas as crianças obesas devem ser
monitorizadas com regularidade. Mesmo que os sinais vitais pareçam
normais, alguns problemas perigosos surgem e desenvolvem-se com extrema
rapidez.
É vital assumir uma atitude ativa na luta contra a obesidade infantil.
Todas as crianças devem praticar exercício físico com regularidade.
Esta geração de crianças tende a ser preguiçosa e a preferir aparelhos
eletrónicos à atividade física. A dieta também ocupa um papel
fundamental. Uma dieta equilibrada começa em casa. Os pais devem fazer o
esforço consciente de comer e servir alimentos mais saudáveis aos seus
filhos. Nunca é tarde de mais para adotar um estilo de vida saudável.
Não é necessariamente importante estar preocupado com os números na
balança. É muito mais importante monitorizar o interior do corpo. É
necessário verificar os níveis de açúcar e de colesterol, e mantê-los a
normais. Não é difícil combater a obesidade infantil, só é necessária
alguma determinação.
FONTE: http://www.obesidadeinfantil.org/artigos-obesidade-infantil/riscos-associados.php
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