José Carlos de Almeida - Projeto Criança em Movimento Obesidade Infantil em Maracaju: Os riscos associados à obesidade infantil

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Os riscos associados à obesidade infantil

Um estudo já publicado acompanhou várias crianças até à idade adulta, e descreve que as crianças mais obesas têm duas vezes mais hipóteses de morrer prematuramente, antes de atingirem os 55 anos de idade.
Os jovens adultos com pré-diabetes apresentam o dobro do risco de morrer enquanto são novos. O mesmo acontece com aqueles que apresentam uma tensão arterial elevada. No entanto, a obesidade foi um dos fatores que se correlacionou de forma mais forte com a morte prematura.
O New England Journal Of Medicine publicou um estudo que revelou dados sobre tribos Índias com taxas elevadas de diabetes Tipo 2 e obesidade quando essa situação ainda não era a norma no país. Este foi um dos maiores estudos publicados a acompanhar crianças durante décadas e envolvendo informações relacionadas com o peso e fatores de saúde, como níveis de colesterol elevado.
As sugestões levantadas neste estudo explicam que as crianças obesas podem estar expostas a riscos de saúde muito sérios e que as acompanham ao longo da vida. A obesidade infantil acciona vários problemas de saúde que afetam a esperança de vida do individuo.
Quase uma em cada três crianças americanas apresenta excesso de peso. Esta é a razão pela qual Michelle Obama, a Primeira-dama, deu início a uma campanha contra a obesidade infantil.
O estudo realizado com crianças Índias reuniu dados oriundos de mais de 5000 crianças sem diabetes, nascidas entre 1945 e 1984. Ao aproximarem-se dos 11 anos de idade os seus índices de massa corporal, níveis de glucose, pressão arterial e colesterol foram medidos. Em 2003 mais de 500 destas crianças haviam morrido. Mais de 160 haviam morrido em consequência de doenças como a diabetes, o cancro, overdoses ou doenças cardiovasculares. Os adultos com índices de massa corporal elevada enquanto crianças apresentavam duas vezes mais hipóteses de morrer prematuramente. Aqueles com níveis de glucose acima de 70% encontravam-se em maior risco de morrer prematuramente.
Edward W. Gregg, membro do ramo da diabetes no Centers For Diabetes Control And Prevention afirma que “estes dados apontam responsabilidades à pré-diabetes que nunca antes haviam sido identificadas “. Os estudos médicos indicam que a pré-diabetes entre adultos encerra desfechos adversos para a saúde. Esta relação ainda não foi clarificada para as crianças. Já existem alguns estudos a longo prazo que abordam condições como a pré-diabetes em crianças, acompanhando-as no percurso até à idade adulta.
Este estudo concluiu que a tensão arterial elevada nas crianças era um fraco previsor para a morte prematura e que os níveis elevados de colesterol não se encontravam relacionados com uma morte prematura. No entanto, há quem sugira que estes fatores são facilmente controláveis pela medicina.
Embora a população Índia não seja representativa do resto da população americana, este estudo ensina-nos algo. Por norma, este grupo étnico tem estado algumas décadas avançado em relação ao resto do país no que toca à obesidade.
Basicamente, a mensagem que pode ser retirada deste tipo de estudos é que todas as crianças obesas devem ser monitorizadas com regularidade. Mesmo que os sinais vitais pareçam normais, alguns problemas perigosos surgem e desenvolvem-se com extrema rapidez.
É vital assumir uma atitude ativa na luta contra a obesidade infantil. Todas as crianças devem praticar exercício físico com regularidade. Esta geração de crianças tende a ser preguiçosa e a preferir aparelhos eletrónicos à atividade física. A dieta também ocupa um papel fundamental. Uma dieta equilibrada começa em casa. Os pais devem fazer o esforço consciente de comer e servir alimentos mais saudáveis aos seus filhos. Nunca é tarde de mais para adotar um estilo de vida saudável. Não é necessariamente importante estar preocupado com os números na balança. É muito mais importante monitorizar o interior do corpo. É necessário verificar os níveis de açúcar e de colesterol, e mantê-los a normais. Não é difícil combater a obesidade infantil, só é necessária alguma determinação.
FONTE: http://www.obesidadeinfantil.org/artigos-obesidade-infantil/riscos-associados.php

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