Cerca de metade das crianças do 1.º
ciclo estão abrangidas pelo programa de distribuição de fruta na escola (Foto: PÚBLICO)
O coordenador da Plataforma Contra a Obesidade, Pedro Graça, defendeu esta quarta-feira que as escolas, além do pequeno-almoço, deviam reforçar o lanche porque muitas crianças têm “jantares de má qualidade”.
O Governo anunciou na semana passada o
lançamento de um projecto-piloto que prevê a atribuição de
pequenos-almoços em 80 escolas do ensino básico.
“A par dessa medida devíamos também pensar na possibilidade de o lanche poder vir a ser reforçado, porque estou convencido que um dos grandes problemas de muitas destas crianças é terem, geralmente, jantares de má qualidade”, disse Pedro Graça, à margem da audição da Comissão de Saúde em que foi ouvido, a pedido do PSD, sobre o Programa Nacional para a Promoção de Alimentação Saudável.
O director do Programa para a Promoção de Alimentação Saudável defendeu ainda que devia ser explicado às famílias como as crianças podem fazer um pequeno-almoço saudável e barato em casa.
Na audição, Pedro Graça afirmou que, muitas vezes, as crianças tomarem o pequeno-almoço “é mais uma questão de organização familiar do que de falta de dinheiro”. Um copo de leite e um pão com queijo, manteiga ou fiambre custa cerca de 40 cêntimos, sublinhou.
O responsável avançou ainda que a Direcção-Geral de Saúde enviou um inquérito para as escolas numa tentativa de avaliar a ingestão de água pelas crianças e saber se promovem o seu consumo, se tem bebedouros, entre outras medidas. “O inquérito é para sabermos o que se passa nas escolas a este nível porque não sabemos”, frisou.
Pedro Graça falou ainda do programa de distribuição de fruta nas escolas, adiantando que abrange cerca de metade das crianças do 1.º ciclo. A adesão tem sido mais difícil por parte das autarquias mais pequenas, mas também em Lisboa e no Porto. “Vamos tentar que as autarquias que ainda não aderiram passem a aderir e isso passa muito por simplificar os procedimentos que ainda são complexos”, disse.
Pedro Graça contou na Comissão de Saúde que há autarquias que tem nutricionistas a coordenar o programa fruta escolas, mas há outras em que é o vice-presidente ou o jurista que são responsáveis pelo projecto. “Infelizmente não podemos pôr um nutricionista ou um dietista em todas as autarquias e passa muito pela formação e capacitação interna das autarquias”, mas a tendência é para que as câmaras tenham pessoas capacitadas para se candidatarem aos projectos, adiantou.
O director do Programa Nacional para a Promoção de Alimentação Saudável avançou ainda que Portugal se candidatou, no dia 31 de Maio, à realização do primeiro inquérito nacional Portugueses Dietary Surveu (2012-2015) para saber o que se come em Portugal.
“Desde 1980 que não temos nenhum estudo sobre o que se come em Portugal”, observou, lembrando a importância destes dados para a tomada de decisões políticas em Portugal, que tem 1.003.327 adultos pré-obesos.
FONTE: http://www.publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/plataforma-contra-a-obesidade-pede-lanches-na-escola-1549226
“A par dessa medida devíamos também pensar na possibilidade de o lanche poder vir a ser reforçado, porque estou convencido que um dos grandes problemas de muitas destas crianças é terem, geralmente, jantares de má qualidade”, disse Pedro Graça, à margem da audição da Comissão de Saúde em que foi ouvido, a pedido do PSD, sobre o Programa Nacional para a Promoção de Alimentação Saudável.
O director do Programa para a Promoção de Alimentação Saudável defendeu ainda que devia ser explicado às famílias como as crianças podem fazer um pequeno-almoço saudável e barato em casa.
Na audição, Pedro Graça afirmou que, muitas vezes, as crianças tomarem o pequeno-almoço “é mais uma questão de organização familiar do que de falta de dinheiro”. Um copo de leite e um pão com queijo, manteiga ou fiambre custa cerca de 40 cêntimos, sublinhou.
O responsável avançou ainda que a Direcção-Geral de Saúde enviou um inquérito para as escolas numa tentativa de avaliar a ingestão de água pelas crianças e saber se promovem o seu consumo, se tem bebedouros, entre outras medidas. “O inquérito é para sabermos o que se passa nas escolas a este nível porque não sabemos”, frisou.
Pedro Graça falou ainda do programa de distribuição de fruta nas escolas, adiantando que abrange cerca de metade das crianças do 1.º ciclo. A adesão tem sido mais difícil por parte das autarquias mais pequenas, mas também em Lisboa e no Porto. “Vamos tentar que as autarquias que ainda não aderiram passem a aderir e isso passa muito por simplificar os procedimentos que ainda são complexos”, disse.
Pedro Graça contou na Comissão de Saúde que há autarquias que tem nutricionistas a coordenar o programa fruta escolas, mas há outras em que é o vice-presidente ou o jurista que são responsáveis pelo projecto. “Infelizmente não podemos pôr um nutricionista ou um dietista em todas as autarquias e passa muito pela formação e capacitação interna das autarquias”, mas a tendência é para que as câmaras tenham pessoas capacitadas para se candidatarem aos projectos, adiantou.
O director do Programa Nacional para a Promoção de Alimentação Saudável avançou ainda que Portugal se candidatou, no dia 31 de Maio, à realização do primeiro inquérito nacional Portugueses Dietary Surveu (2012-2015) para saber o que se come em Portugal.
“Desde 1980 que não temos nenhum estudo sobre o que se come em Portugal”, observou, lembrando a importância destes dados para a tomada de decisões políticas em Portugal, que tem 1.003.327 adultos pré-obesos.
FONTE: http://www.publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/plataforma-contra-a-obesidade-pede-lanches-na-escola-1549226
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