
A obesidade
é um problema grave de saúde pública no país, com consequências mais
perversas, inclusive, para as populações mais pobres, que comem mais
alimentos processados, com grande quantidade de ingredientes à base de
gordura, sal e carboidratos
O combate à pobreza também é um desafio dos nutricionistas conforme disse à Agência Brasil,
o presidente da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde
Coletiva (Abrasco), Luiz Augusto Facchini. A entidade promoveu até esta
segunda-feira, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, o Congresso
Mundial de Nutrição em Saúde Pública (Rio 2012).
De acordo com Facchini, apesar dos avanços registrados até agora, o
Brasil ainda tem alguns desafios na área de nutrição em saúde pública.
Um dos avanços citados por ele foi a redução da desnutrição infantil de
20% para cerca de 5% ou 6% atualmente. “Foi uma redução muito
impressionante”, disse.
A redução da pobreza foi outro ganho que o país obteve a partir de
programas de transferência de renda e de transferência condicionada,
entre os quais se destaca o Bolsa Família, que é referência no debate
internacional. No entanto, Facchini destacou que o país tem ainda 16
milhões de habitantes vivendo abaixo da linha de pobreza, o que
representa um desafio. Segundo ele, há a necessidade de serem efetuados
novos esforços para resgatar essas pessoas dessa condição precária de
vida.
- Se nós conseguirmos aumentar a renda das pessoas que ganham R$ 1
por dia para R$ 16 diários, poderíamos reduzir a insegurança alimentar
grave, que é a fome e a falta de recursos para comprar comida.
Poderíamos reduzir isso em mais de 20 ou 30 vezes. Precisamos, de fato,
de políticas que resgatem a população da pobreza e da miséria. E o
Brasil pode contribuir para esse cenário internacional de maneira
importante.
Outro problema que o país enfrenta, conforme ressaltou, é uma
expressiva parcela da população com sobrepeso. “Mais da metade da
população já começa a dar sinais de sobrepeso”. Segundo Facchini, a obesidade
é um problema grave de saúde pública no país, com consequências mais
perversas, inclusive, para as populações mais pobres, que comem mais
alimentos processados, com grande quantidade de ingredientes à base de
gordura, sal e carboidratos. “São alimentos de pior qualidade, mais
baratos e mais comumente oferecidos pelas grandes empresas”. destacou.
FONTE: http://correiodobrasil.com.br/pobreza-e-obesidade-sao-grandes-problemas-brasileiros/443579/
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